sábado, 21 de novembro de 2009

Arranjo livre de girassóis


O girassol (Helianthus laetiflorus) é o ponto focal deste arranjo em estilo livre (Jiyuka). O caule da flor de alho (Allium sativum), sinuoso, empresta leveza à composição. Finalmente, a cheflera (Schefflera sp.) cria uma massa verde na base do arranjo, escondendo o kenzan.
Arranjo: Adenir Perini
Foto: Monica Martinez

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Shoka Shofutai Ishu-ikê de agapantos

No vaso alto feito pelo ceramista Kojima, o agapanto (Agapanthus africanus) se torna ainda mais delgado e elegante.

A flor, originária da África do Sul, floresce na primavera-verão. Sua inflorescência é alta, ereta e duradoura.

O shoka shofutai ishu-ike emprega apenas um elemento. Neste caso, as folhas do agapanto, laminosas e carnudas, estavam bonitas e puderam ser aproveitadas. Seis delas formam os ashirais (complementos) e a sétima, bem ao fundo à esquerda, o soe (galho secundário do arranjo).

Foto e ikebana: Monica Martinez

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Shoka Shofutai Nishu-ikê de crisântemos


O Shoka Shofutai Nishuike pede o uso de dois materiais.
Neste arranjo, a beleza está na combinação delicada de dois tipos de crisântemos (Chrysanthemum morifloium).
Com o primeiro, maior e branco, foram feitos o galho principal (shin) e seus complementos (ushiro ashirai e mae ashirai), além do galho secundário (soe) e de parte do tai (taishin).
Já os crisântemos menores, amarelos e delicados, postados na frente do arranjo, acolhem quem o está apreciando (tani e taisaki).
Arranjo e foto: Monica Martinez

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Shoka Shofutai Ishu-ikê

Esse arranjo é um clássico Shoka Shofutai Ishu-ike.
Ele é feito com apenas um material, no caso a palma-de-santa-rita (Gladiolus hortulanus).
Trata-se de uma escolha perfeita. A planta, originária da África, Ásia e Mediterrâneo, é longelínea (atinge até 90 cm), naturalmente flexível e tem duas fileiras de flores, que são de longa duração. Para manter vivo o arranjo basta remover as inflorescências velhas.
Além das belas flores, a palma-de-santa-rita ainda ostenta folhas em formato de lâminas que enriquecem o conjunto.
Ikebana e foto: Monica Martinez

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Shoka Shofutai Sanshu-ikê

O estilo clássico do Shoka Shofutai Sanshuikê permite o uso de três materiais diferentes.

No arranjo da foto, usou-se o eucalipto cheiroso (Eucaliptus cinerea). no galho principal (shin). Originário da Austrália, ele é bonito, fácil de manusear e perfuma o ambiente.

Como galho secundário (soe) empregou-se o curculigo (Curculigo Capitulata), folhagem originária da Ásia tropical com belas folhas plissadas.

O ponto focal deste ikebana, no entanto, são as rosas (Rosa spp) no tom coral. Uma das flores mais populares do mundo, há registros dela há pelo menos 5 mil anos na Ásia.

O vaso, parte fundamental do arranjo em estilo shoka, é alto (formato shin).

Foto e ikebana: Monica Martinez

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jiyuka, o criativo estilo livre

O estilo Jiyuka foi criado depois da II Guerra Mundial, quando o Japão foi profundamente influenciado pelo estilo de vida ocidental. O resultado é um arranjo em estilo livre, com liberdade para usar materiais artificiais, embora as flores sejam sempre o destaque e mandatoriamente naturais.

No arranjo ao lado, a professora Yae Inagaki tira partido do vaso negro para compor um arranjo elegante.

Uma característica importante do estilo livre é a possibilidade de interferir nas plantas. Repare que a folhagem verde foi cortada para ganhar um inusitado formato geométrico.






É possível também moldar as plantas com arames finos ou grossos, escolha que depende do material.

No arranjo ao lado, a professora Adenir Perini faz uma combinação original com a palmeira-ráfia (Rhaphis excelsa, originária da China), o antúrio (Anthurium andraenum, nativo da Colômbia), folhas de moréia (Dietes bicolor, da África do Sul) e a delicada cáspia (Limonium latifolium, da Rússia, Bulgária e Cáucaso). Note a harmonia com o vaso feito pelo mestre ceramista Kojima.



O terceiro exemplo, feito com os mesmos materiais, é de Monica Martinez. Observe a bela linha criada pela cáspia e a interação com o vaso, idealizado pelos artesãos do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.






Texto e fotos: Monica Martinez

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Shoka Shofutai Nishu-ikê


O arranjo clássico Shoka Shofutai Nishuike é feito com duas plantas diferentes. No caso, a altiva taboa (Typha domingensis) e o delicado lisianto (Eustoma grandiflorum).
Repare o mizugiwa, espaço de mais ou menos um punho que separa a linha da água do início do arranjo. Ele deve ser bem clean para emprestar elegância ao conjunto.
Ikebana: Emília Tanaka
Foto: Monica Martinez

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Shoka, clássico e elegante

O estilo Shoka foi criado em 1750. "Na época, no Japão, começou-se a fazer um nicho na sala principal de 20cm de altura acima do tatami, com profundidade de 60cm. Nele, a família guardava uma imagem de Buda, um candelabro, um incensário e completava com uma ikebana", explica a professora Emília Tanaka, presidente da Associação de Ikebana Kado Ikenobo Tatibana da América Latina.

O Shoka Shofutai, ou estilo clássico, já era uma simplificação do Rikka, o elaborado arranjo de ikebana original praticado por monges em templos budistas.

Na foto, um Shoka Shofutai Ishu-ikê (ishu quer dizer um e ikê, material). Logo, ele é feito com um único tipo de planta, no caso a ave-do-paraíso (Strelitzia reginae Ailton).

Originária da África do Sul, a estrelítzia tem belas folhas e flores muito duráveis, que emprestam vigor e beleza ao arranjo.

Ikebana e foto: Monica Martinez