sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Livres e leves


A simplicidade do arranjo livre é aparente. Na verdade, ele demanda muito trabalho, pois é um desafio criar uma composição que não remeta a nenhum dos demais tipos de arranjo, todos com regras bastante definidas. No primeiro arranjo, a sensei Emília Tanaka usa a folha de curculigo de forma surpreendente: ela conecta o arranjo ao vaso. Em seguida, Elza Oguma usa a bela flor gloriosa.
Texto e fotos: Monica Martinez

Rikka Shimputai com flores da primavera




O que faz com que as flores fiquem exatamente no lugar mais harmônico numa composição de rikka? O segredo tem nome: arames. As flores são meticulosamente fixadas na posição desejada graças a arames colocados de forma elaborada. Na foto, arranjos de Monica Martinez e Elza Oguma.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mais rikkha shimputai






Ao lado, mais um exemplo de Rikka Shimputai feito com ocuroleuca, flor de alho, liseants e estrelítzia. Arranjos de Elza Baptista, Monica Martinez, Mariko e Elza Oguma.

Os dois princípios da ikebana

Durante sua visita ao país em agosto de 2010, para ministrar curso de reciclagem de ikebana, o professor Manabu Noda, do Instituto de Treinamento Central Ikenobo, de Kyoto, Japão, explicou que há duas regras básicas para um arranjo ser considerado da escola ikenobo:

1) Espírito de Harmonia: os japoneses são, por tradição, grandes apreciadores da natureza, que está em constante mutação por conta das estações. Dentre as várias flores disponíveis atualmente, busca-se uma que ajude a expressar a beleza da outra, no sentido de unir uma flor sem folhas com uma espécie dotada de bela folhagem. Além disso, não se faz um arranjo somente com flores abertas, uma vez que ele não teria um marcador de tempo. O botão, por exemplo, significa futuro. É a união dos dois elementos -- flor aberta e botão -- que indica o espírito da harmonia.

2) Beleza do Espaço: se há dois elementos, é preciso adicionar um terceiro -- no caso, o espaço. É esse uso do "vazio" que tão bem caracteriza a arte da ikebana.

Texto: Monica Martinez

sábado, 2 de outubro de 2010

Um ode à primavera

A ocuroleuca (Iris ochroleuca), que transmite ideia de crescimento, flores pequenas de antúrio vermelho (Anthurium andraeanum) e as florzinhas roxas da cáspia (Limonium latifolium)e da lavanda-do-mar (Limonium sinuatum)compõem as ikebanas em estilo Rikka Shimputai feitas por Monica Martinez e Elza Baptista, sob orientação de Emília Tanaka.