Durante sua visita ao país em agosto de 2010, para ministrar curso de reciclagem de ikebana, o professor Manabu Noda, do Instituto de Treinamento Central Ikenobo, de Kyoto, Japão, explicou que há duas regras básicas para um arranjo ser considerado da escola ikenobo:
1) Espírito de Harmonia: os japoneses são, por tradição, grandes apreciadores da natureza, que está em constante mutação por conta das estações. Dentre as várias flores disponíveis atualmente, busca-se uma que ajude a expressar a beleza da outra, no sentido de unir uma flor sem folhas com uma espécie dotada de bela folhagem. Além disso, não se faz um arranjo somente com flores abertas, uma vez que ele não teria um marcador de tempo. O botão, por exemplo, significa futuro. É a união dos dois elementos -- flor aberta e botão -- que indica o espírito da harmonia.
2) Beleza do Espaço: se há dois elementos, é preciso adicionar um terceiro -- no caso, o espaço. É esse uso do "vazio" que tão bem caracteriza a arte da ikebana.
Texto: Monica Martinez
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