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As viagens de intercâmbio deram bons frutos, causando grande desenvolvimento na civilização japonesa, seja na parte tecnológica como na religião e nas artes. Foi o caso da astronomia, arquitetura e literatura, entre outras. Foi na China, também, que Ono No Imono familiarizou-se com os grandes arranjos de flores (tatebanas) ofertados nos altares budistas.
Ao terminar sua missão, Ono No Imono se tornou monge, recolhendo-se a um dos mosteiros budistas fundados pelo príncipe Shotoku, o Templo Rokkakudo, em Quioto. O nome rokkaku deve-se ao formato hexagonal da construção erigida em homenagem a Nyoirin Kannon, deusa da Misericórdia.
O templo Rokkakudo localiza-se perto de um lago (ike em japonês), próximo ao qual Ono No Imono passou a viver em uma humilde cabana (bo). Ao se consagrar monge, ele recebeu o nome Senmu Ikenobo e, entre suas funções religiosas, dedicava-se à confecção de arranjos de flores para o altar do templo. Desde então, no Japão, a ikebana tem sido considerada uma forma de arte, mas também um estilo espiritualizado de vida chamado kado (de ka, flor, e do, caminho).
A partir de Senmu, a palavra Ikenobo passa a nomear a mais antiga escola de ikebana, bem como a família que, por gerações, têm servido de sacerdote do templo Hokkakudo – uma vez que o prefixo Sen é passado de pai para filho primogênito. Atualmente Sen’ei Ikenobo, nascido em 1933, é o 45º. grão-mestre desta escola que busca descobrir a verdade na beleza das flores ao abraçar o Espírito de Harmonia defendido pelo príncipe Shotoku.
Hoje o templo Rokkakudo é o 18° local de peregrinação da deusa Kannon, num roteiro que compreende 33 templos. Além disso, é a sede da Ikenobo Society of Floral Art (Ikenobo Kodokai).
Texto: Monica Martinez
Referências
FRÉDÉRIC, Louis. Japan Encyclopedia. Cambridge: Harvard University Press, 2005, p. 755. Acesso em: 17 jan 2011.
IKENOBO, Sen’ei. The book of Ikebana: part 1. Kyoto, Inebobo Somusho, 1985.
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