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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Novo Jiuyka





Feitos no novo formato do estilo Jiyuka (livre), estes três arranjos têm em comum a busca por expressar uma ideia original. O uso da estrelítzia, que floresce no verão, indica a estação.

No mais, recomenda-se não mostrar o mizuguiwa, a linha que separa o vaso do arranjo -- uma característica dos estilos Rikka e Shoka.

A ideia, também, é privilegiar o uso de plantas naturais, com o mínimo de intervenção possível.

Monica Martinez
Fotos: Monica Martinez
Arranjos: Elza Baptista, Monica Martinez e Mariko Tamari.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Livres e leves


A simplicidade do arranjo livre é aparente. Na verdade, ele demanda muito trabalho, pois é um desafio criar uma composição que não remeta a nenhum dos demais tipos de arranjo, todos com regras bastante definidas. No primeiro arranjo, a sensei Emília Tanaka usa a folha de curculigo de forma surpreendente: ela conecta o arranjo ao vaso. Em seguida, Elza Oguma usa a bela flor gloriosa.
Texto e fotos: Monica Martinez

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A criatividade do estilo livre



No estilo livre, o desafio é não se prender às regras dos demais estilos. Em outras palavras, quem entende a linguagem da ikebana clássica não pode associar o arranjo ao shoka nem ao rikha.

Acima, a orquídea é o ponto focal do arranjo, que parece estar sendo suavemente tocado por uma brisa que vem do lado esquerdo. As belas folhagens verde-amareladas do geto dão estabilidade à composição, que conta ainda com uma dracena (Dracaena reflexa, nativa de Madagascar, Índia e Ilha Maurício). O mosquitinho branco (Gypsophila paniculata L.) e o vime unnha-de-gato dão leveza à composição. Arranjo Monica Martinez.





À direita, as mesmas plantas dão origem a arranjos bem diferentes e originais. Ambos usam também a orquídea chuva-de-ouro (Ondidium varicosum, nativa do Brasil). Arranjos: Elza Oguma e Elza Baptista, respectivamente.

Orientação: Emília Tanaka.

terça-feira, 16 de março de 2010

Jiyuka, o estilo livre


O estilo livre da escola ikenobo está para a ikebana como a bossa nova está para a música popular brasileira.
A princípio, a composição parece ser a mais fácil de fazer. Ele é aparentemente leve, livre e solta, afinal não há regras, daí justamente ser chamada estilo livre.
Mas qualquer pessoa que aprecia música sabe que há muito planejamento e pensamento por trás das composições supostamente descontraídas de Tom Jobim e outros do período.
No estilo livre acontece o mesmo. Neste arranjo, por exemplo, a preocupação é precisamente que o arranjo não tenha referências que remetam aos outros estilos, como o rikka, o shoka e o moribana.
Para conseguir este efeito, há uma mistura bastante eclética de flores, combinando o amarelo intenso dos girassóis (Helianthus annuus), planta originária da América Tropical, com sua cor complementar, o roxo do lisianto (Eustoma grandiflorum), esta nativa dos Estados Unidos.
O acabamento do arranjo é dado pela grande folha verde da jibóia (Epipremnun pinnatum), pois neste estilo é fundamental vedar a visão do kenzan, o suporte de metal onde ficam fixadas as plantas.
A flor branca do antúrio (Anthurium andraeanum Linden), planta originária da Colômbia) passa quase desapercebido, porém é fundamental para iluminar o núcleo central da composição.
Finalmente, a sassanqua (Camelia Sassanqua), com suas folhas arredondadas de um verde intenso, dá profundidade ao arranjo.
Foto e ikebana: Monica Martinez
Orientação: Emília Tanaka

sábado, 21 de novembro de 2009

Arranjo livre de girassóis


O girassol (Helianthus laetiflorus) é o ponto focal deste arranjo em estilo livre (Jiyuka). O caule da flor de alho (Allium sativum), sinuoso, empresta leveza à composição. Finalmente, a cheflera (Schefflera sp.) cria uma massa verde na base do arranjo, escondendo o kenzan.
Arranjo: Adenir Perini
Foto: Monica Martinez

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jiyuka, o criativo estilo livre

O estilo Jiyuka foi criado depois da II Guerra Mundial, quando o Japão foi profundamente influenciado pelo estilo de vida ocidental. O resultado é um arranjo em estilo livre, com liberdade para usar materiais artificiais, embora as flores sejam sempre o destaque e mandatoriamente naturais.

No arranjo ao lado, a professora Yae Inagaki tira partido do vaso negro para compor um arranjo elegante.

Uma característica importante do estilo livre é a possibilidade de interferir nas plantas. Repare que a folhagem verde foi cortada para ganhar um inusitado formato geométrico.






É possível também moldar as plantas com arames finos ou grossos, escolha que depende do material.

No arranjo ao lado, a professora Adenir Perini faz uma combinação original com a palmeira-ráfia (Rhaphis excelsa, originária da China), o antúrio (Anthurium andraenum, nativo da Colômbia), folhas de moréia (Dietes bicolor, da África do Sul) e a delicada cáspia (Limonium latifolium, da Rússia, Bulgária e Cáucaso). Note a harmonia com o vaso feito pelo mestre ceramista Kojima.



O terceiro exemplo, feito com os mesmos materiais, é de Monica Martinez. Observe a bela linha criada pela cáspia e a interação com o vaso, idealizado pelos artesãos do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.






Texto e fotos: Monica Martinez